O Prémio Nobel da Paz, José Ramos Horta, em vésperas de cessar funções como Representante Especial do Secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, apos um ano de intenso trabalho político (como dizia alguém, “teve o enorme mérito de pôr os lideres políticos e os militares a falarem uns com os outros”), foi alvo de duas homenagens simples, nas instalações da UNIOGBIS- Gabinete Integrado das Nações Unidas na Guiné-Bissau.
De manha, com todo o seu “staff”, mas também, com funcionários das diferentes agências especializadas da ONU, que trabalham há vários anos no País. Agradeceu a todos, aos motoristas, ao pessoal da limpeza, das comunicações, dos assuntos políticos, da segurança e defesa , direitos humanos, pelo valioso contributo dado e que vão continuar a dar. Uma tarefa que não é fácil para as Nações Unidas, porque como referiu Ramos-Horta, há que continuar a apoiar o “reforço e reconstrução das instituições na Guiné-Bissau”. De resto, o Nobel da Paz de 1996, anunciou que mesmo depois de cessar as funções para que foi nomeado pelo Secretário-geral da ONU, irá colocar á disposição os seus bons ofícios, no sentido de ajudar a nação guineense, por exemplo, através da instalação de painéis solares nas localidades, por forma a minimizar as enormes carências de abastecimento enérgico.
Ao final da tarde, José Ramos-Horta foi alvo de uma festa de despedida organizada pelos funcionários do UNIOGBIS. Um evento a que compareceu a delegação do Governo da Republica Democrática de Timor-Leste, liderada pelo Primeiro-ministro Xanana Gusmão, que se encontra de visita oficial ao País, ate á próxima segunda-feira. Uma ocasião para um reencontro entre três Pais Fundadores do novo Timor-Leste, Xanana Gusmão, José ramos-horta e Mari Alkatiri (ex-Primeiro-ministro e actual secretário-geral da Fretilin).
O pessoal da ONU quis agradecer o valioso contributo dado pelo ex-Presidente da Republica de Timor-Leste, oferecendo algumas prendas, com destaque para uma pintura do reconhecido artista guineense, Carlos Barros (ver fotos).