Por iniciativa do Representante Especial do Secretário-Geral da ONU, o Estádio Nacional 24 de Setembro, vai transmitir em directo, a partir de quarta-feira, os jogos do Mundial de Futebol do Brasil.
É a primeira vez que tal acontece na Guiné-Bissau. A iniciativa foi anunciada hoje em conferência de imprensa, no Palácio do Governo, por José-Ramos Horta, que se fez acompanhar pelo Primeiro-ministro de transição, Rui Duarte Barros, e pelo Coordenador Nacional de Segurança, Comissário-geral da Polícia de Ordem Pública (POP), Armando Nhaga.
“ É uma oportunidade para a população que não pode ir, poder acompanhar os jogos no Brasil”, declarou o Nobel da Paz de 1996, que agradeceu o apoio de Peter Thompson, do Grupo Interparlamentar do Parlamento Britânico para a Guiné-Bissau, através do coordenador Peter Thompson. Bem como aos patrocinadores, a operadora de telecomunicações MTN-Bissau e Spacetel-Guiné-Bissau, e a GBMinerals.
Thompson, por seu turno enfatizou que o “ há uma língua iniversal, uma celebração da cultura de paz e da juventude”, no futebol, apesar da diversidade linguística e étnica de um País como a Guiné-Bissau.
O Primeiro-ministro guineense, Rui Barros, destacou mais uma vez o papel de Ramos-Horta que “tem procurado unir os guineenses com iniciativas de âmbito social”. Abordou as questões de segurança, avisando que não serão permitidos, abusos por parte de espectadores que se desloquem ao Estádio. A mesma garantia foi deixada pelo Comandante da POP: “ vamos ser implacáveis para quem não cumprir”, disse Armando Nhaga.
A segurança vai estar a cargo de uma centena de efetivos da Polícia de Ordem Pública, que seguem o Plano de Contingência da FIFA, que também contempla primeiros socorros a serem prestados no local em caso de acidentes e evacuação em emergência.
De acordo com uma nota de imprensa do UNIOGBIS- Gabinete Integrado da Missão da ONU na Guiné-Bissau,” a retransmissão do Mundial de Futebol do Brasil é feita em mais 12 localidades do país: três em Bissau, e uma Mansoa, Quinhamel, Cacheu, Bafatá, Bambadinca, São Domingos, Gabú, Catió e Bubaque – com a mobilização dos escritórios regionais do UNIOGBIS – galvanizando adicionalmente mais 3.000 espectadores diários, o que eleva para 20.000 a média da adesão popular diária a esta iniciativa do prémio Nobel da Paz, José Ramos-Horta”.